metodo alegorico
Ele transforma as imagens das cenas da historia sagrada em conceitos ou simbolos. Em outras palavras, O método alegórico faz a aproximação dos textos bíblicos por analogia figurada, mostrando que o sentido literal da própria palavra é insuficiente para revelar o significado da verdade dos mistérios cristãos. Assim, por intermédio de alegorias, que são metáforas, símbolos e mitos, acreditam expressar de forma mais profunda a essência da doutrina. A Escola de Alexandria, foi sem dúvida, a maior representante da interpretação alegórica das Escrituras do Antigo Testamento. Seu sistema interpretativo teve influência direta da filosofia grega, principalmente de dois filósofos muito importantes. O primeiro foi Heráclito (Éfeso, 540 a.C.? – 475 a.C.?), ele criou o conceito de “huponóia”, que significa um sentido mais profundo, para ele, o verdadeiro sentido do texto, estava além das palavras. O segundo foi Platão, ele formou um conceito de que o mundo em que vivemos, é apenas uma representação do que existe no mundo perfeito das realidades imateriais, o “mundo das idéias”.
Fílon de Alexandria, judeu erudito, também foi influenciado pela filosofia grega, principalmente pela filosofia platônica, para ele Moisés e Platão eram dois heróis. Além de possuir uma sólida formação judaica, Fílon era um grande estudioso das Escrituras veterotestamentárias traduzidas para o grego (LXX – Septuaginta), da qual, estabeleceu de forma alegórica (alegorese), uma harmonização dessas Escrituras com a filosofia grega. Fílon escreveu vários comentários bíblicos utilizando o método alegórico, como por exemplo, nos seus comentários de Gênesis, um deles é sobre a criação do jardim do Éden (Gn 2.8-14), onde o rio Gion (2.13) significa “coragem” e circunda a terra de Cuxe, que significa “humilhação”; o sentido alegórico encontrado nessa passagem, é que a coragem dá demonstrações de bravura diante da covardia. Já o rio Tigre (2.14) significa temperança,