biologia na vida
Seus pais resolveram pedir para Pedro Malazartes inventar um jeito de elas comerem.
E Pedro, com seu jeito manso de Jeca, lá se foi. Reuniu a criançada e pitando seu cigarro de palha, perguntou:
- E aí, meninada! Vamos tomar uma sopa?
As crianças viraram a cara, de má vontade, mas perguntaram de que era a sopa.
- Sopa de Pedra! Minha maravilhosa Sopa de Pedra. Vem gente do mundo inteiro provar...
As crianças ficaram com os olhinhos brilhando de curiosidade. E Pedro continuou:
- Mas para tomar a Sopa de Pedra, prá ela ter maior sabor, vocês têm que ajudar a fazer.
Vamos dividir a turma de vocês em três grupos.
O primeiro vai buscar a água do rio e colocar aqui, no meu tacho.
Mas tem que ser a água limpinha, lá mesmo da nascente.
O segundo grupo vai catar as pedras no rio, mas só podem ser redondas.
Oval, triangular ou quadrada não servem.
E o terceiro grupo vai pegar legume e verdura da horta...
Lá se foram as crianças, cantando pelo caminho ao executar as suas tarefas:
Minha sopa de pedra tem melhor sabor...
Boto legume da horta, só pra dar cor...
Verdura fresquinha, um bocadinho só...
Boto água do rio, prá ficar melhor.
E assim, Pedro foi comandando aquela difícil tarefa...
Quando uma criança trazia uma pedra que não era redonda, redondinha mesmo, Pedro mandava voltar.
E nisso, o tempo ia passando. As crianças com uma fome!
Iam e voltavam várias vezes da nascente para encher as cumbuquinhas de água limpa e jogar no tacho de Pedro. E os legumes cozinhando, misturando as cores, Pedro mexendo e cantando e as pedras fazendo barulho no fundo.
E o cheirinho estava danado de bom. Não é que a Sopa de Pedra cheirava bem?
Quando ficou pronta, as crianças tomaram a sopa e