Memorias coletivas
“Os escritos de Halbwachs...”
“Segundo este autor, a memória individual não é só uma condição necessária, mas também suficiente para a recordação e para o reconhecimento das lembranças.”
“... a constituição da memória é, em cada indivíduo, uma combinação aleatória das memórias dos diferentes grupos nos quais ele sofre influência – e isso explicaria, em grande medida, porque as pessoas guardam memórias diferenciadas.”
“se certo membro do grupo vier a fazer parte ao mesmo tempo de um outro grupo, se os pensamentos que ele tem de um e do outro se encontram de repente em seu espírito... teoricamente só ele perceberá esse contraste.”
“O indivíduo participa, portanto, de dois tipos de memórias, sendo a individual, uma mera combinatória das inúmeras coletivas.”
“o funcionamento da memória individual não é possível sem esses instrumentos que são as palavras e as ideias, que o indivíduo não inventou, mas toma emprestado de seu ambiente.”
2.0 - Justificativa
Vivemos em um contexto onde existe, de certa maneira, uma exultação do individualismo e um errôneo entendimento do que seja a formação da identidade.
Segundo Halbwachs (Maurice Halbwachs e Marc Bloch em torno do conceito de memória coletiva), a memória coletiva é um elemento importante na formação das memórias individuais e na construção da identidade do ser social. É esta, ao mesmo tempo, um conjunto de aglomerados de subjetividade e múltiplas combinações de histórias individuais. Ao passo disso, conhecer as memórias coletivas é tão importante quanto conhecer o que é de informação individual e pessoal, pois é nesse meio que as histórias se entrelaçam e dão tonalidade e cor à formação da identidade.
3.0 - Objetivo
Resgatar as memórias coletivas de um grupo de teatro, iniciado em 2004, com a formação de alguns membros no ensino superior de teatro e outros movidos apenas pelo desejo de encenar.
4.0 - Método
Agendamento de uma entrevista