Memoria e Identidade
Neste trabalho abordaremos o tema Memoria e identidade social segundo Michael Pollak, começaremos por uma breve análise relativamente ao que entendemos serem a memória e a identidade social.
Michael Pollak nasceu em Viena, Áustria residente na França, formou-se em sociologia e trabalhou como pesquisador do “Centre National de la Recherche Scientifique – CNRS”. Seu interesse académico, voltado de início para as relações entre política e ciências sociais, tema de sua tese de doutorado orientada por Pierre Bourdieu e defendida na École Pratique des Hautes Études em 1975, estendeu-se a diversos outros campos de pesquisa, que confluíam para uma reflexão teórica sobre o problema da identidade social em situações limites. Entre seus últimos trabalhos incluem-se um estudo sobre mulheres sobreviventes dos campos de concentração publicado sob o título L'expérience concentrationnaire: essai sur le maintien de 1'identité sociale
(Paris, Éditions Metailié, 1990), e uma pesquisa sobre a Aids (Les homosexuels face au SIA).
Pollak esteve no Brasil entre outubro e dezembro de 1987 como professor visitante do CPDOC e do PPGAS do Museu Nacional. Na ocasião concedeu uma entrevista sobre a Aids a Alzira Alves de Abreu e Aspásia Camargo publicada em Ciência Hoje, vol. 7, n.º 41 (abr. 1988). Proferiu também, no CPDOC, a conferência aqui transcrita, que vem se somar a seu artigo "Memória, esquecimento, silêncio"; publicado em Estudos Históricos 3 (1989). Prestamos hoje uma homenagem póstuma a este grande expoente das ciências sociais na França. E morreu em 1992 em Paris.
Memória
O que nos faz lembrar de uma detalhada história ocorrida no passado? Como deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções? Por que nunca nos esquecemos de como se dirige um automóvel?
Nos exemplos acima, a memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando