Mel K
Para ela era possível analisar as crianças a partir do brincar, visto que, a criança não dominava a linguagem expressando-se de forma lúdica, enquanto para Freud era a associação livre nos adultos.
A fantasia pode ser definida como representação psíquica, forma de expressão dos instintos, inata ao ser humano. Algo universal, porém particular. Percepção do mundo externo e interno. Dividida em fantasy (atividade consciente) e Phantasy (atividade inconsciente). O primeiro alvo das fantasias é o corpo da mãe. Inicialmente são tidas como sádicas, sendo primeiramente de caráter oral (esquizoparanoides).
Para Klein, as fantasias são expressadas pelas atividades lúdicas (brincar), cabendo ao especialista interpretar as brincadeiras. A forma de brincar seria a expressão do inconsciente, servindo muitas vezes para liberar determinada angústia.
As funções das fantasias das crianças são: as realizações de desejos, negação de fatos dolorosos, segurança em relação a fatores aterrorizantes do mundo externo, controle onipotente e reparação.
A criança nasce imersa na posição esquizoparanoides. Tendo como características: divisão do seio bom e seio mau, ego fragmentado, estado de angústia primitivo e inveja do seio bom.
O seio bom sacia completamente, e o seio mau sendo ligado a frustração. É importante essa ambivalência entre os seios, para o desenvolvimento do psiquismo.
A chegada na posição depressiva, é quando o bebê começa a consolidar o ego. Os sentimentos agressivos são substituídos por sentimentos afetivos, aparece também o sentimento de culpa e reparação, além do medo da mãe/pai (cuidador) se vingar.
No desenvolvimento humano saudável existe uma alternância entre as posições esquizoparanoides e depressivas.