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O diretor da Federação Alemã de Futebol explicou a forma como se pensa o futebol jovem na Alemanha desde o início do século XXI, curiosamente desde a célebre derrota da Alemanha às mãos de Portugal no Euro 2000.
Foto: FPF
Ulf Schott, diretor da Federação Alemã de Futebol, explicou a forma como se pensa o futebol jovem na Alemanha desde o início do século XXI.
Os três golos de Sérgio Conceição à seleção da Alemanha no Euro 2000 foram um catalizador para uma profunda reformulação na forma como se pensa o futebol jovem na Alemanha desde o início do século XXI, revelou, esta terça-feira, o diretor da Federação Alemã de Futebol Ulf Schott na conferência da FPF "Football Talks".
"A seleção de 2000 era muito envelhecida (...) A DFB sentou-se com os clubes e encontrou soluções conjuntas para o melhoramento do futebol. Tivemos de alterar muitas coisas porque fomos muito pressionados pela opinião pública. Temos 8,1 milhões de jogadores juvenis e temos um primeiro escalão de scouting que detetam os maiores talentos de todo o país. Tínhamos de treinar mais e isso só se poderia fazer na escola. A formação contínua dos treinadores também era fundamental pois as pessoas são tão importantes como o sistema. Foi um processo a longo prazo", afirmou Ulf Schott esta terça-feira no Centro de Congressos do Estoril.
E na base do melhoramento dos sistemas competitivos das seleções jovens alemãs estão os cerca de 366 Centros de Alto Rendimento criados pela federação germânica em 2001.
"Há 366 bases regionais para apoio aos talentos de cada região. Todos os talentos na Alemanha têm possibilidade de ser descobertos, independentemente da sua área de residência. Os treinadores dos centros de apoio não são remunerados e têm como função ver jogos no fim-de-semana e fazer a triagem dos melhores jogadores. A tarefa principal dos treinadores é ministrar-lhes sessões de treino individuais e cuidar destes talentos entre os 11 e os 14