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Facto – É uma realidade que existe por si e que por nós é constatada. O mundo como realidade de facto é o real constituído por tudo o que pode ser descrito objetivamente e externamente. O Facto refere-se às coisas, às pessoas, aos animais, aos acontecimentos… naquilo que eles são em si mesmos, desprovidos de qualquer conotação afetiva ou interpretação subjetiva. Mas se o mundo fosse encarado apenas desta maneira, seria reduzido a uma fria imensidão de seres materiais, de indivíduos, de situações concretas em face das quais ficaríamos indiferentes. Será que as coisas se passam assim? Valor – O Homem atribui às coisas um valor. Não se contenta em constatar as coisas e a sua existência. Atribuído um valor, as coisas deixam de ser o que são e passam a ser à escala humana. De facto tudo nos surge como algo desejável ou indesejável, como atrativo ou repelente. Quase sem cessar atribuímos valor e solicitamos aos outros que se pronunciem valorativamente quanto às coisas, aos acontecimentos, às pessoas e às condutas dar valor, é tomar partido perante a realidade. Quase que poderíamos dizer que a realidade até deixa de ser quando deixa de valer. O mundo humano apresenta-se-nos mais como um mundo de valores do que como um mundo de seres e de factos.
A distinção entre facto e valor é abstrata. Na realidade não há factos puros, mas sempre factos configurados pela afetividade, pelo sentimento, pela valoração.
A nossa relação com o mundo é valorativa, pois avaliamos constantemente os mais variados aspetos do mundo à nossa volta e seleccionamos aqueles a damos mais valor.
Juízos de Facto e Juízos de Valor Se é certo que a toda a hora fazemos juízos, nem todos são