Meiose
A meiose foi inicialmente descrita, em 1883, por Edouard van Beneden. Muito embora Hertwing, Boveri, van Beneden, Guinad e Strasburger já tivessem percebido a importância da meiose na redução do número de cromossomos nos gametas, foi Augusto Weismann quem destacou seu significado no ciclo vital, estabelecendo, assim, as bases para a teoria cromossômica da herança, enunciada por Sutton e Boveri, em 1902.
O que é Meiose? As células que formam o corpo de um homem ou de uma mulher têm, cada uma, 23 pares de cromossomos. No entanto, um gameta, seja um óvulo ou espermatozóide, tem somente 23 cromossomos um de cada tipo. Nos ovários de uma mulher ou nos testículos de um homem, as células (como as outras do corpo) têm 46 cromossomos. Algumas destas células, no entanto, passam por um processo especial de divisão, a meiose, que reduz o número de cromossomos à metade. A duplicação dos cromossomos ocorre antes da divisão celular, cujo início é marcado pela espiralização progressiva dos cromossomos, tanto na mitose como na meiose. Na mitose não ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos; os centrômeros se dividem e cada cromátide se dirige a um polo da célula. Já na meiose, em que cromossomos homólogos estão pareados, o que ocorre é a separação dos homólogos (e não dos centrômeros). Em seguida formam-se novas membranas nucleares e o resultado são duas células, cada uma com 23 cromossomos duplicados. Cada uma destas células inicia um segundo processo de divisão, agora em tudo semelhante à mitose. O resultado são 4 células, cada uma com o número de cromossomos reduzido à metade.
A meiose e o aumento da variabilidade
A meiose recombina e rearranja o material genético dos pais e isto explica porque cada criança de um casal (exceto gêmeos idênticos) tem várias características genéticas diferentes das apresentadas por seus irmãos e irmãs. De fato, se considerarmos apenas um par de genes alelos em cada par de cromossomos