MEIOSE
Vamos, agora, relembrar o conhecimento de que a comunidade científica dispunha até o final do século XIX, a respeito da transmissão da informação hereditária:
• O óvulo e o espermatozóide eram reconhecidos como sendo células germinativas, ou seja, gametas.
• Todas as células somáticas deveriam conter a informação hereditária necessária para o desenvolvimento do organismo, sendo as células germinativas responsáveis pela transmissão desta informaçãonpara a geração seguinte.
• Os gametas, sendo o único elo entre gerações, deveriam conter toda a informação hereditária.
• Toda a informação hereditária deveria estar contida não apenas nas células germinativas, mas também nas células a partir das quais elas se formam.
Além disso, através da análise de cariótipos, os cientistas da época estavam convencidos de que o número de cromossomos de uma espécie deveria ser o mesmo em todos os indivíduos e em todas as gerações. Mas, se considerassem a mitose como o único mecanismo de divisão celular, deveriam concluir que, quando os núcleos do óvulo e do espermatozóide se fundissem durante a fecundação, o número de cromossomos deveria dobrar a cada geração. Uma questão surgiu naturalmente: como explicar que a quantidade de material hereditário permanece constante através das gerações? Tentando encontrar uma resposta para essa pergunta, algumas hipóteses foram levantadas:
• Quando os núcleos do óvulo e do espermatozóide se fundissem, por ocasião da formação do zigoto, os cromossomos também se fundiriam uns com os outros, evitando o aumento no número de cromossomos.
• Metade dos cromossomos seria destruída após a formação do zigoto, mantendo o número de cromossomos constante.
• Existiria um mecanismo que reduziria o número de cromossomos à metade durante a formação dos espermatozóides e dos óvulos nas gônadas e, quando ocorresse a fecundação, o número de cromossomos do zigoto seria o mesmo da geração anterior. E então, como essa questão foi