MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. As metáforas do capitalismo.
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
As metáforas do capitalismo.
Maria Adélia Aparecida de Souza*
A idéia e a escolha deste tema de reflexão teve início, há anos, através dos diálogos mantidos com Milton Santos no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da USP. Recentemente, teve continuidade no curso Ciências da
Terra da UNICAMP.
A dinâmica da vida humana no planeta e esta prática acadêmica fizeram crescer em mim, a necessidade de aprofundar a discussão desse tema de enorme importância e que ainda não foi discutido suficientemente do ponto de vista epistemológico e metodológico
(teórico e conceitual) na Academia. Nela apenas estudos de caso e relatos técnicos de observação sobre o denominado meio ambiente tem sido feito e suas conseqüências sobre a
Terra. Mas um debate teórico, profundo, isento, isto ainda está por ser feito.
A Universidade assumiu apressadamente o conceito da sustentabilidade e do ambiental, importando-os das agências financiadoras internacionais, sem ter tornado público uma discussão teórica mais consistente. O conceito, foi nela introduzido, sem crítica, pois os estudos e teses produzidos nos inúmeros programas de pesquisa não cuidaram do rigor metodológico, isto é, de um método que se ajuste as características do funcionamento deste mundo novo em que vivemos. As matrizes montadas se revelam inconsistentes dos ponto de vista do método: não há rigor disciplinar, nem interdisciplinar e sequer transdisciplinar. O que prevalece é o método analítico em mundo impregnado de contradições. Conceitos são justapostos para montagem de um vigoroso discurso político-ideológico. Porém não há a produção de um rigoroso texto teórico sobre a questão ambiental no Brasil.
No entanto, a Academia já possuía seus conceitos, usado multidisciplinarmente para referenciar os mesmos fenômenos, processos e problemas, antes mesmo da Biologia, hoje líder dessas preocupações, se firmar como nova