Meditaçoes Metafísicas

Gabriela Bourdette Ferreira UFRJ/EC2 Resumo de Descartes(Meditações Metafísicas)

• Primeira Meditaçāo Descartes dá início a tal meditaçāo se dando conta de que passara sua vida toda baseando-se em falsas opiniões, assim, a partir desta epifania, percebe que a fim de se obter um conhecimento do que é verdadeiro, deve-se abdicar às suas antigas certezas em prol do real conhecimento. Demonstra-se que sua principal é criar uma base segura na qual se pode fundar as ciências, a dúvida é o fruto da liberdade, é racional, universal, exagerada e radical ao atacar as raízes das ideias e duvidar de tudo. É necessário descontruir antigas certezas, caso essas sejam duvidosas, pois tudo em que há espaço para dúvidas é, por excelência, falso. Como é impossível atacar todas as opiniões, seja pelo tempo que demoraria ou por existirem algumas verdadeiras, deve-se atacar os alicerces:a sensibilidade(os sentidos), a razāo(o genio maligno) e a imaginaçāo(o sonho). Possuir todas as nossas opinioes pautadas no sentido nāo é algo esperto, já que eles, muitas vezes, nos enganam; mesmo que existam exceçōes. Existem percepções que sāo impossíveis de serem colocadas em dúvida. Compara o dormir ao pintar, visto que nessas duas ações é impossível representar algo que nāo seja semelhante ao verdadeiro e ao real ou verossímel. A imaginaçāo trabalha sobre uma base real de ideias simples para poder criar, assim como a pintura. Às vezes sonhamos coisas menos verossímeis do que aqueles que sāo loucos. Nāo há critério para distinguir a realidade do sonho. Os objetos da matemática, por se tratarem de ideias simples e universais, como a grandeza e o tempo, estāo acima do argumento dos sonhos, sāo indubitáveis, uma vez que sāo metafísicos e nao realmente dependem da natureza. Há a dúvida da existência do mundo exterior. Inicia-se o argumento do gênio maligno. Se Deus é essencialmente