Essa visão mostra que havia uma luta pragmática para fazer a gestão dos meios econômicos. O termo pragmatismo também não é visto no texto, entretanto, é notado quando o autor argumenta que as cidades mais ricas aderiram ao protestantismo (puritanismo) para usufruírem do controle que o sistema religioso exercia na sociedade. Dentro desse arcabouço, Max relata que a educação para ocupações comerciais e industriais era estritamente protestante, fomentando assim o acumulo de capital desses grupos anos depois. Ainda sobre a educação, Max defende que a mentalidade da sociedade quando era educada no ambiente religioso protestante, produzia as escolhas para o mercado, para a profissão, para a ocupação industrial, esvaziando a linha de artesãos. O estado não oferecia serviços, diante disso, todos partiam para a esfera da economia, o nascedouro do futuro liberalismo econômico. A busca material dos calvinistas contra o asceticismo católico é focada pelo autor, mostrando que a corrida para o progresso e o combate a ociosidade promovida em Genebra e outros locais protestantes, ajudaram no crescimento do capitalismo. As perseguições e a diáspora calvinista espalharam a semente do espírito do capitalismo no mundo, fazendo com que houvesse o que o autor chama de aristocracia comercial, grupo dos mais fortes que comandavam o comércio. Esses comerciantes mantinham o sistema religioso como regulador da sociedade e pragmaticamente cresciam economicamente. Todo o pressuposto de Max Weber, deixa de fora qualquer aspecto espiritual do crescimento da igreja e de suas ideias na sociedade, esvazia totalmente a soberania de um Deus que age na sociedade a favor do seu povo. Em suma, Max deixa nas entrelinhas do capítulo, que o ocorrido na sociedade da época, não passou de um grupo que soube utilizar os meios de produção para suprimir e manter uma doutrina de submissão dos mais fracos diante dos senhores detentores das ferramentas econômicas. Os cristãos protestantes posteriores foram os