Acima da mediocridade Uma tentação muito comum é nos acomodarmos com a média, o padrão do meio, a qualidade boa sem excelência, o mínimo necessário. A média é também o padrão da mediocridade. E isto é assustador, para dizer o mínimo. Quantas oportunidades temos na vida para realizar algo com excelência e ainda com qualidade? A maioria das vezes falamos, agimos, expressamos, sentimos, refletimos como se a rotina tivesse nos dominado por completo e, assim, ficamos completa e absolutamente à mercê dos mesmos gestos, dos mesmos pensamentos, das mesmas ações... A escravização pela mediocridade é uma das piores formas de escravização que pode acontecer a um ser humano. Passamos a ser escravos da nossa própria apatia que nos constrange a ficar parados enquanto podíamos caminhar. Uma força apática que nos leva a trocar a liberdade da reflexão pelas respostas simples e simplórias daqueles que muitas vezes desejam apenas nos manipular. O medíocre se contentou em ser menos quando poderia ser mais. Trocou os passos firmes e prósperos em direção ao futuro pela comodidade dos passos lentos e trêmulos. O medíocre não consegue olhar para o horizonte. Sua visão de mundo é do tamanho de si mesmo. Olha para dentro ao invés de contemplar os espaços vazios do horizonte que precisam ser preenchidos por ele mesmo. O medíocre não pensa; mas deixa que outros pensem por ele. Não sonha; permite que outros sonhem por ele. Ao assumir o padrão da mediocridade vivemos como se não pudéssemos dar saltos de qualidade e de excelência na vida. Aqueles que optam tão somente pela média abandonam os desejos de explorar novos espaços e surpreendentes possibilidades. É possível medir o tamanho de um ser humano pela maneira como ele vive. Basta que olhemos para a maneira como vivemos o cotidiano. E dessa forma iremos descobrir algo que muito possivelmente estava escondido em nosso interior e que tínhamos um certo receio de mostrar e demonstrar para todos, ou seja, para