mediação
Há duas formas de interação das crianças com seu meio: por um lado, ela aprende e se desenvolve por meio da percepção, assimilação e processamento direto dos estímulos existentes ao seu redor. Por outro lado, a criança aprende através da mediação cognitiva das pessoas. De todos os elementos tratados no texto, considero como fundamental a mediação . Se a interação entre professores e alunos for carente de mediação, as crianças tendem a ser mais desorganizadas, mais impulsivas e menos reflexivas, numa palavra, menos adaptadas às situações e aprendizagens futuras. A escola é o segundo ambiente social da criança. Nela, os pequenos aprendem as regras de socialização e descobrem que o outro está presente em situações de compartilhar as descobertas e estabelecer limites. “O educador é peça-chave. Ele transmitirá os valores, as motivações, as estratégias. Ajudará a interpretar a vida. Nós, educadores, estamos mais em jogo do que a criança e jovens. Se não formos capazes de ensinar, será impossível aprender”. FEUERSTEIN, 1994.
Numa escola inclusiva, o aluno aprende com o professor e este, sobretudo, com o aluno. É uma pista de mão dupla. Ultrapassando as lombadas e desviando os obstáculos. Sem pressa e obedecendo a sinalização de cada educando. Porque é assim que se chega ao final do caminho onde há muitas possibilidades de continuar seguindo em frente.
A partir da conceituação que Feuerstein traz sobre o que é inteligência mostra que ela não está dada desde o nascimento, constitui-se mediante a atividade do sujeito. Ela pode ser desenvolvida. Ela é plástica e modificável. Feuerstein diz: "é a capacidade de mudar, a capacidade do indivíduo de se beneficiar da experiência para a adaptação a novas situações, adequando o comportamento atuando sobre meio". (Feuerstein 196).
A conceituação de inteligência de Feuerstein traz uma série de implicações para a prática docente. A diversidade de vias de desenvolvimento dos diferentes sujeitos e