Mecanismos da dor
Aula: A CIÊNCIA BÁSICA DA DOR OROFACIAL
DOR:
Segundo a IASP, a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é decorrente ou descrita em termos de lesões teciduais.
É uma experiência multidimensional:
- componente motivacional: evocando reflexos de retirada, fuga. É fundamental para a sobrevivência.
- aspectos emocionais;
- sensório - discriminativo;
- aspectos afetivos: emoções relacionadas com a dor.
- cognitivo: capacidade de compreensão da dor.
As reações diante dos diversos tipos de dor variam de acordo com a intensidade dolorosa; experiência prévia do indivíduo; condições ambientais existentes em relação à dor e habilidade de compreender as causas e conseqüências. TIPOS DE DOR (DUBNER, 2002):
Aguda: dor imediata após um estímulo nocivo. Apresenta um caráter protetor (nos avisa da presença de um dano tecidual presente ou que está por acontecer).
Persistente: duração dias ou semanas – caráter protetor (ex. lesões cirúrgicas – nos abriga a cuidar da lesão)
Crônica: dor persistente por um longo período após a lesão ter aparentemente cicatrizado. Pode não ser protetora – caráter doença. Essa persistência, sem caráter útil, pode afetar diversos aspectos da vida do indivíduo (psicológico).
COMPLEXO PERIFÉRICO DA DOR OROFACIAL
O complexo neuroanatômico periférico necessário para a captação e transmissão de informações dolorosas provenientes da região orofacial é constituído das seguintes estruturas: receptores sensoriais; fibras nervosas e os neurônios de primeira ordem, cujos corpos celulares estão localizados no gânglio trigeminal (machado, 1993).
Receptores sensoriais: os responsáveis pela captação de estímulos nocivos (com intensidade capaz de causar riscos) mecânicos, químicos, térmicos ou elétricos nos tecidos periféricos são denominados nociceptores.
Tipos de nociceptores:
Polimodais: (mecânicos, térmicos e químicos) Alto limiar mecâno-térmicos: (mecânicos e