Mecanismos De A O E Efeitos Da Fisioterapia No Tratamento Da Dor
A dor clínica pode estar associada a diversos fatores e se manifestar de formas variáveis. Para que seu tratamento seja o mais efetivo possível, o fisioterapeuta deve realizar uma avaliação correta do paciente e assim, elaborar um tratamento adequado a cada caso, conhecendo os mecanismos centrais, periféricos e associados da manifestação de dor clínica. As técnicas utilizadas para tratamento variam de acordo com os mecanismos neurofisiológicos correspondentes à origem da dor, devendo ocorrer a modulação inibitória da dor com a redução dos estímulos periféricos e centrais que sensibilizam o sistema nervoso. Além disso, fatores biopsicossociais que provocam ou prolongam a sensibilização devem ser identificados pelo fisioterapeuta.
PERIFERIA
Quaisquer técnicas que entram em contato com a pele e que mobilizam tecidos, ativam fibras mecanorreceptoras Aß, que são as fibras de condução rápida. As fibras C e Aδ tem uma condução mais lenta, e são responsáveis pelos estímulos dolorosos. Assim, com o tato, ocorre uma inibição de estímulos dolorosos no sistema nervoso central, através da chamada inibição competitiva. É necessário fazer a remoção de fatores mecânicos e químicos irritantes, pois estes sensibilizam nociceptores periféricos e ainda, a estimulação da pele com varias texturas, para diminuir a hiperalgesia e alodínia. Diminui-se então, entrada de estímulos nocivos para centros superiores. Técnicas de terapia manual ajudam a controlar a dor nociceptiva, mas devem ser usadas cuidadosamente nas dores neuropáticas, pois podem aumentar a sensibilização nociceptiva. Substâncias algiogênicas e edemas devem ser eliminados, pois dificultam o reparo tecidual, fazendo com que a dor de origem nociceptiva continue.
CORNO POSTERIOR DA MEDULA ESPINHAL
A intensa estimulação das lâminas nele situadas diretamente da periferia ativam interneurônios que modulam a dor de forma inibitória. De acordo com o modelo da