MAX ACUMULAÇÃO ´PRIMITIVA
1- A acumulação primitiva de capital, para Marx, se desenvolveu a partir de dois pressupostos: a concentração de grande massa de recursos, ou seja, dinheiro, ouro, prata, terras, meios de produção nas mãos de um pequeno número de proprietários e a formação de um grande contingente de indivíduos desprovidos de bens obrigados a vender sua força de trabalho aos senhores de terra e donos de manufaturas. Isso foi possível graças às riquezas acumuladas pelos negociantes europeus com o tráfico de escravos africanos, ao saque colonial, à apropriação privada das terras comunais dos camponeses, ao protecionismo às manufaturas nacionais e ao confisco e venda, a baixo preço das terras da igreja por governos revolucionários. Com o advento da Revolução Industrial a acumulação primitiva foi substituída pela acumulação de capital.o. A história dessa expropriação assumediversas configurações nos diferentes países e épocas, mas é na Inglaterra do século XVI que encontramos a forma clássica do processo originário de expropriação da força de trabalho humana no sentido capitalista. Somente no capitalismo o modo de apropriação passa a se basear na desapropriação dos produtores diretos legalmente livres, cujo trabalho excedente é expropriado por meios puramente econômicos: desprovidos de propriedade, os produtores diretos são obrigados a vender a força de trabalho para sobreviver, e os capitalistas podem apropriar-se do trabalho excedente dos trabalhadores sem necessariamente exercer uma coação direta. A expropriação e a expulsão de uma parte da população rural liberou trabalhadores, seus meios de subsistência e seus meios de trabalho em benefício do capital, criando as condições para o desenvolvimento do mercado interno e da indústria capitalista. Antes, a família camponesa produzia e elaborava os meios de subsistência e as matérias primas, em grande parte, consumidos por ela mesma. Esses meios de produção e matérias primas foram transformados em