Max weber
Para Max Weber, o que funda o capitalismo moderno é como as pessoas encaram o mundo, é uma mentalidade que só surge a partir do século 16. Mentalidade essa que explica o momento de ruptura: quando o homem deixa de guardar seu dinheiro e começa a aplica-lo. Na visão Weberiana o capitalismo existe desde os tempos antigos, como relação de compra e venda de mercadorias, bem como entesouramento dos reis e nobres. Na Inglaterra do século X e XI já existiam mercadores.
O que define o capitalismo moderno não é a busca por lucro, mas sim a acumulação. O ponto de encontro entre Weber e Marx é a acumulação de capital que é capaz de gerar mais capital. Diferente do pré-capitalismo onde o entesouramento só aumenta o capital com mais entesouramento e não com uma aplicação por parte do capital.
Aquele velho esquema: Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria. Esquema esse que hoje orienta o capitalismo vêm da sua gênese de expropriação e das relações de Vassalo e Suserano, que hoje são patrão e proletário. O trabalhar para arrecadar e produzir para vender.
Max Weber explica que essa mentalidade acumulativa surge da Religião e esse pensamento religioso é protestante e das vertentes mais radicais. Na ética católica, o trabalho é uma maldição, em contrariedade com a protestante, na qual o trabalho é uma forma de glória ao homem, bem como o pensamento liberal que dita até hoje que “o trabalho dignifica o homem”.
O pensamento liberal do inicio da era moderna indica que, caracterizadamente, no começo do capitalismo, alguns homens enriqueceram e outros que NÃO QUISERAM trabalhar, empobreceram. Com dois exemplos básicos é possível entender melhor essa afirmação:
Lenha = Elemento fundamental na vida do Camponês.
Bosque = Fornecedor de lenha, de acesso a todos, mas de direitos diferentes.
O bosque fornecia lenha a todos, todos ficavam aquecidos, porque todos tinham lenha.