Matérias Adesivos
A evolução da Odontologia tem proporcionado o surgimento de novas técnicas restauradoras e materiais inovadores. Com o desenvolvimento e aprimoramento dos materiais restauradores estéticos, os sistemas adesivos tornaram-se elementos fundamentais em diversas aplicações clínicas, sendo responsáveis pela união do material restaurador às estruturas dentárias
(CARVALHO, et al.2004). Enquanto a adesão ao esmalte é duradoura e efetiva (FRANKENBERGER, KRAMER, PETSCHELT, 2000), a união resina-dentina constitui-se um desafio para os pesquisadores, uma vez que este substrato é intrinsecamente úmido, tornando o procedimento adesivo altamente sensível (HALLER, 2000, CECCHIN, et al.2008). Desta forma, a união adesiva só será confiável quando executada sob rigoroso controle e um protocolo bem definido e executado (HILGERT, et al.,2008).
Diversos tipos de sistemas adesivos encontram-se disponíveis no mercado, o que torna difícil selecionar o material “ideal” frente aos diferentes passos clínicos e cuidados a serem observados durante a sua utilização.
Com o objetivo de simplificar as técnicas de aplicação, as formulações dos sistemas adesivos foram sendo modificadas de modo que se tornassem altamente hidrofílicas e compatíveis com o substrato dentinário úmido. A crescente tendência de simplificação reflete o desejo do profissional por eficiência e redução de tempo clínico, porém não tem vindo acompanhada de uma genuína evolução tecnológica (CARVALHO, et al. 2004), uma vez que tem induzido a piores resultados em termos de durabilidade das ligações adesivas (PEUMANS, et al.
2005). Os procedimentos adesivos implicam na aplicação de substâncias (ácidos, solventes, monômeros) que modificam a morfologia e fisiologia do esmalte e da dentina (CARVALHO et al., 2004). A composição dos diferentes sistemas adesivos, seu mecanismo de ação nos substratos dentários, a forma de aplicação clínica e suas implicações frente à incorreta utilização e aos desafios existentes no