Matriz Tupi
Darcy Ribeiro retrata a visão realidade em que vivemos, questiona se conseguimos imaginar o mundo daqui cinquenta anos, com observações feitas por ele do que ele foi à cinquenta anos atrás. Ele enfatiza a importância de construirmos o futuro, de inventar o futuro que queremos.
O primeiro componente da etnia no Brasil, foi a matriz indígena, a matriz tupi. Existente há mais de mil anos, quando em 1500 aconteceu o encontro com os descobridores, e um ponto em destaque e marco é a alegria em que os índios tinham em viver. Esses povos existiram por séculos, e sabiam detalhes de toda a natureza e hoje, muitos dos plantios foram domesticados para que pudesse ser plantados. Viviam em aldeias e eram autossuficientes, fazendo tudo de acordo com sua necessidade, sabendo de todas as espécies e medicamentos.
Os Tupinambás que tiveram mais contatos com os Europeus se dedicavam a guerra e a festa. E entre os Tupis a função social da guerra era em face do seu caminhamento ao longo de muito tempo, deixando assim, nomes para regiões, rios e várias outras coisas, contudo, os colonizadores já encontraram o país com referências deixadas pelos povos Tupis.
A educação vinha do modelo dos mais velhos, fazendo e refazendo. A liberdade sexual era grande, e o fim do casamento entre um homem e uma mulher era simples. A divisão de tarefas era nítida, desde criança, o menino era criado para ser um índio guerreiro e caçador, mostrando para ele que deveria caçar, era dado um arco e flecha. Já a menina era dada uma tanguinha, e desde pequena era mostrado a ela outras tarefas, induzindo-a a ser uma tecelã, a ser uma mulher trabalhadora.
As mulheres cuidavam da roça, da comida e do vinho, que animava a festa Tupi, os homens fabricavam os arcos, flechas e as canoas. O trabalho e a arte entre eles nunca eram diferenciadas, pois eles tinham a vontade de fazer tudo perfeito, e faziam grandes artes sem a intenção.
“Tinham tudo, mas nada possuíam. Cultivavam roças próprias, mas a terra