matricidio juvenil
CCJ – Centro de Ciências Jurídicas
Curso de Direito – 2º Semestre, B-108
Disciplina: Psicologia Judiciária
Professor: Lara Beatriz Fuck
Psicologia Judiciária Matricídio Juvenil
Blumenau, 16 de Novembro de 2013.
O matricídio é definido como o assassinato de uma mãe pelo filho ou filha, sendo uma das formas mais raras de homicídio, com taxas que variam de 1% a 4% de todos os homicídios1,2. Alguns estudos realizados com amostras de instituições psiquiátricas sugeriram que o matricídio seria cometido especialmente por homens esquizofrênicos3. Entretanto, casos judicialmente confirmados de indivíduos não hospitalizados têm revelado a presença de outros transtornos mentais, tais como transtorno bipolar, transtornos de personalidade e alcoolismo, assim como casos em que não há evidência de psicopatologia2. Na literatura há poucos estudos sobre a associação entre matricídio e transtorno bipolar.
O maior estudo descritivo sobre o matricídio foi realizado por Green1, com amostra de 58 pacientes homens admitidos em hospital da Inglaterra, entre os anos de 1960 e 1969. Destes, 74% tinham diagnóstico de esquizofrenia, 15,5% tinham diagnóstico de depressão psicótica ou endógena e 10,5% tinham diagnóstico de transtorno de personalidade. Neste estudo também foi encontrado que em 70% dos casos havia presença de sintomatologia psicótica na semana anterior ao matricídio. Dos que apresentavam transtornos psicóticos, 83% não estavam recebendo nenhum tipo de tratamento à época da ofensa.
D’Orban e O’Connor4 realizaram estudo com 17 casos de matricídio/parricídio de 239 mulheres homicidas na Inglaterra, presas entre os anos de 1977 e 1986. Destas, 11 estavam em prisões, 5, em hospitais especiais e 1, em unidade de segurança. Houve 14 casos de matricídios e 3 casos de