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RESUMO
CARTAS PATRIMONIAIS: Carta de Veneza, Carta de Nara, Carta de Restauro (Anexo D), Carta de Brasília e Declaração d
Carta de Nara discute papel do patrimônio cultural no contexto da globalização
A Conferência sobre autenticidade em relação a convenção do Patrimônio mundial – Conferência de Nara (Japão, 1994) – começa agradecendo a generosidade e coragem intelectual das autoridades japonesas, e tem por objetivo desafiar o pensamento tradicional a respeito da conservação e debater caminhos para promover um maior respeito à diversidade. Busca reconhecer e discutir o "teste de autenticidade" para examinar o valor universal atribuído aos bens culturais listados pelo Patrimônio Mundial.
De acordo com a carta, "num mundo que se encontra cada dia mais submetido às forças da globalização e da homogeneização, e onde a busca de uma identidade cultural é, algumas vezes, perseguida através da afirmação de um nacionalismo agressivo e da supressão da cultura das minorias", a principal contribuição do patrimônio cultural é "clarificar e iluminar a memória coletiva da humanidade".
A diversidade de culturas é vista como uma insubstituível fonte de informações a respeito da riqueza espiritual e intelectual da humanidade. "A proteção e valorização da diversidade cultural e patrimonial no nosso mundo deveria ser ativamente promovida como um aspecto essencial ao desenvolvimento humano".
Um dos princípios fundamentais da UNESCO é considerar o patrimônio cultural de cada um como patrimônio cultural de todos. A carta de Nara afirma que equilibrar a expressividade da cultura local com a riqueza da cultura global é extremamente desejável, "desde que, ao alcançar este equilíbrio, não abra mão de seus próprios valores culturais".
Valores e Autenticidade
A Carta explica que a conservação do patrimônio cultural de um povo está fundamentada nos valores atribuídos aos bens que se deseja proteger. "Nossa capacidade de aceitar esses valores depende, em parte, do grau de