Marx Processo de Trabalho e Processo de Valorização
O autor admite que a produção de valores de uso ou bens não modifica a natureza do trabalho, por se processar no capitalismo e sob seu controle.
“O processo de trabalho deve ser considerado de início independentemente de qualquer forma social determinada.” (pág. 149)
Marx considera que as noções simples de um processo encontram-se em uma relação de transformação e a um fim da atividade.
“Os elementos simples do processo de trabalho são a atividade orientada a um fim ou trabalho mesmo,seu objeto e seus meios.” (pág.150)
O autor discorre sobre o processo de trabalho e seus instrumentos, bem como a matéria-prima e seus objetos mediadores.
“Toda matéria-prima é objeto de trabalho, mas nem todo objeto de trabalho é matéria prima, (...) O meio de trabalho é uma coisa ou um complexo de coisas que o operário interpõe entre si e o objeto de trabalho e que lhe serve de condutor da sua atividade sobre este objeto.” (pág.150)
O autor introduz a idéia de que a produção deixa de ser apenas transformação de um objeto,para tornar-se um objeto de satisfação de necessidades humanas,com seu valor.
“(...) Não só um valor de uso, mas uma mercadoria, e não só valor de uso,mas valor e não só valor, mas também mais-valia.” (pág.155)
Marx expõe a idéia do processo de trabalho, diferenciando de sua valorização como força de trabalho.
“(...) O vendedor da força de trabalho, como o vendedor de qualquer outra mercadoria,realiza seu valor de troca e aliena seu valor de uso.” (pág.160)
Marx conclui, através de análises do período de trabalho de um trabalhador, o capitalismo o torna prolongado e sem vantagens ao empregado.
“(...) A mais-valia resulta somente de um excesso quantitativo de trabalho, da duração prolongada do mesmo processo de trabalho.” (pág.162)