Artigo economia política
O trabalho é a fonte de toda riqueza, afirmam os economistas. Assim é, com efeito, ao lado da natureza, encarregada de fornecer os materiais que ele converte. O trabalho, porém, é muitíssimo mais do que isso. É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem.( Engels APUD Antunes,2004p.11)
O trabalho consiste no metabolismo entre ser humano e natureza, no qual esta é transformada em elementos necessários à nossas vidas.
”As condições materiais de existência e reprodução da sociedade (...) obtém-se numa interação com a natureza: a sociedade ,através dos seus membros transforma matérias naturais em produtos que atendem às suas necessidades. Essa transformação é realizada através da atividade a que denominamos trabalho.”( NETTO,J. N.BRAZ,M,2006,p.42)
Partindo desta ótica do trabalho enquanto metabolismo homem/natureza alguns podem configurar como trabalho os processos de interação com a natureza feitas pelas espécies animais, porém “à diferença das atividades naturais , o trabalho se especifica por uma relação mediadora entre o seu sujeito (...) e o seu objeto.”( NETTO,J. N.BRAZ,M,2006 ,p.44) Desta forma “entre o sujeito e a matéria natural há sempre um meio de trabalho, um instrumento que torna mediada a relação entre ambos. E a natureza não cria instrumentos: estes são produtos (...)do próprio sujeito que trabalha”( NETTO,J. N.BRAZ,M,2006, p.44)
A própria utilização do instrumento é uma característica que demonstra o rompimento do trabalho com o padrão natural. Outra característica é a teleologia, que é a projeção de um resultado de uma ferramenta.
O trabalho propiciou o processo de hominização/humanização, isto é, o salto ontológico do animal para o humano. Segundo Giovanni Alves “o homem é um animal que se fez homem através do trabalho.”
Numa discussão sobre a