Mario Bunge
- Bunge é argentino, nascido em Buenos Aires em 1919. Mário Augusto Bunge é um físico, filósofo da ciência e humanista argentino, defensor do realismo científico e da filosofia exata.
Nascido em Buenos Aires, em 1919, Bunge é físico de formação, tendo sido professor de Física e de Filosofia na Argentina antes de radicar-se no Canadá (1966), onde trabalha na McGill University. Lecionou em numerosas universidades européias e norte-americanas. No Brasil, foi professor da Unicamp.
- Bunge se aproximou da ciência nos seus 16-17 anos, quando conheceu as obras de dois Físicos muitos famosos da época (1937), Arthur Eddington e James Jeans. Ambos filosoficamente idealistas.
Jeans era platónico: dizia que o universo é um sistema de símbolos matemáticos
Eddington, segundo Bunge mesmo sem saber ele era kantiano, pois, para ele tudo estava na mente: o espaço e o tempo eram forma de intuição.
- Neste momento conhecendo as obras desses Físicos, Bunge que era realista, se propôs a refutá-los, mas para isso tinha que entender física, então começou a estudar na Universidad de la Plata, e por conta própria começou a estudar também a filosofia.
- A ciência, para Bunge, não é tudo aquilo que difere do senso comum. Em vários momentos de suas obras, Bunge apresenta e sustenta a existência de divisões e subdivisões no interior daquilo que se denomina “ciência”. Bunge classifica, primeiramente, a ciência em duas grandes áreas: as ciências formais (ou ideais) e as ciências factuais (ou empíricas). Segundo ele, é necessário efetuar essa caracterização, pois os objetos de estudos de cada área possuem uma natureza distinta.
Ciências Formais:
- inventam entes formais e estabelecem relações entre eles;
- objeto: formas que podem abrigar conteúdos fáticos ou empíricos;
- não entram em conflito com a realidade;
- são empregados na vida quotidiana mediante regras de correspondência adequadas. Ciências Fáticas:
- não empregam símbolos vazios, e sim, símbolos