Maria Firmina dos Reis
Nascida em São Luiz do Maranhão, em 11 de outubro, Maria Firmina, nasceu numa cidade com extrema segregação racial e social.
Aos cinco anos se mudou para casa de uma tia materna, onde desenvolveu sua escrita e gramática com um primo.
Aos 22 anos, passou em um concurso publico para a “Cadeira de Instituição Primária”, para lecionar em Guimarães – MA.
Paralelamente às atividades como professora,
Maria Firmina possui participação constante na imprensa local, sempre publicando diversas poesias, crônicas e contos.
Em 1859, aos 34 anos, publica o romance
Úrsula, uma de suas obras mais marcantes.
Úrsula é tido por diversos historiadores não apenas como o primeiro romance abolicionista brasileiro, mas também como o primeiro romance da literatura afro-brasileira.
Úrsula possui temática forte. Não é só um passatempo literário inocente, ela vai além disso, é como se fosse um grito á sociedade dos abusos impostos ao negro e a mulher no Brasil.
Maria Firmina, usa o pseudônimo: “Uma Maranhense” para publicá-lo, pelas dificuldades para poder publicar tal obra. Já no prólogo, afirma:
“pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e conversação dos homens ilustrados.”
Classificando o seu livro de “mesquinho e humilde”, mas desafiando: “ainda assim o dou a lume”. Anos depois, após se aposentar na década de
1880, a escritora ainda fundaria a primeira escola mista e gratuita do Estado.
Sempre lutando pela educação e melhores condições aos negros e as mulheres, ela ainda seria responsável pela composição do Hino da
Abolição da Escravatura.
Maria Firmina dos Reis morreu em 1917 aos 92 anos na cidade de Guimarães. Teve em vida o privilégio de presenciar a Abolição da
Escravatura e a Proclamação da República.
Somente a partir da edição fac-similar preparada por Horácio de Almeida e vinda a público em
1975 (58 anos depois de