Mulheres Afrodescentes maranhenses

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS I
FRANCILENE BRITO
GLEISSON GOMES

1º CONGEAFRO - MULHER AFRODESCENDENTE: TRAJETÓRIA E EMPONDERAMENTOS

TERESINA, 12 DE NOVEMBRO DE 2013
RELATÓRIO

Falar sobre a história da mulher afrodescendente hoje, ainda que o espaço aberto à mulher e à afrodescendência seja maior do que anos atrás, é mergulhar por relatos de vida nas quais se veem presentes a obstinada luta por cidadania, espaço e trabalho dignos. Essas mulheres que com garra conquistaram e abriram portas para muitos dos dias atuais são esquecidas facilmente pela parte da população que não se reconhece através de suas identidades, digo os ainda ignorantes preconceituosos: racistas e machistas. Exemplo de mulher afrodescendente foi Lia Rocha Varela, maranhense, professora da rede pública que por seus esforços conquistou o cargo de vereadora na Câmara Municipal de São Luís, cargo exercido por mais de 30 anos graças a seus excelentes trabalhos frente ao povo. Durante o período em que foi a Presidente da Câmera dos vereadores Lia Varela chegou a assumir a prefeitura, em consequência do afastamento do prefeito, construindo várias escolas e investindo em educação para os cidadãos. O que recebeu em troca? Com certeza realizou-se, provando que era capaz de tudo o que sonhara, mas as autoridades públicas locais sequer lembram de seus trabalhos, não a homenageiam nem com o nome de uma rua. Maria Firmina dos Reis, também maranhense, foi escritora, um das primeiras romancistas brasileiras a tratar o tema afro, não como Castro Alves que via tudo muito observado, mas como própria componente da história, pois, fazia parte sua carne e sangue. Úrsula, título do livro, revela muito da autora nos seus escritos. Dentro do Maranhão Maria Firmina ainda não é trabalhada como se deve nas escolas e até mesmo nos cursos de Língua Portuguesa no nível superior. Outras tantas Marias são aquelas