Marcuse
Drª Silvana Mariano
Ciências Sociais (Noturno) – Turma 1011
MARCUSE, Herbert. Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social. Tradução de Marília Barroso. – 2ª ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Os Fundamentos do Positivismo e o Advento da Sociologia: 1. Filosofia positiva e filosofia negativa (pp 295 – 300). Capítulo II
“Na década que se seguiu à morte de Hegel, o pensamento europeu entrou numa era de ‘positivismo’. Êste positivismo se anuncia como o sistema da filosofia positiva, tomando uma forma inteiramente diferente daquela que o positivismo anterior assumiria.” (p. 295)
“[...] a filosofia positiva de Schelling é, certamente, muito diferente da de Comte. O que é ‘positivo’ para Comte são os fatos comuns da observação; Schelling acentua que a ‘experiência’ não é limitada aos fatos dos sentidos externo e interno. Comte está orientado para a ciência física e para as leis necessárias que governam toda a realidade; Schelling procurava expor uma ‘filosofia da liberdade’ e sustenta que a atividade criadora livre é o último dado da experiência.” (p.296)
“A dialética Hegeliana era vista como o protótipo de todas as negações destrutivas do dado, porque, segundo esta dialética, toda forma imediatamente dada se transforma no seu oposto e só assim, atinge seu verdadeiro conteúdo.” (p.297)
“Os líderes políticos alemães viam claramente que a filosofia de Hegel, longe de justificar a forma concreta que o estado havia assumido, continha, ao contrário, um instrumento para a destruição deste estado. Em tal situação, a filosofia positiva se oferecia como a salvação ideológica indicada.” (p.297)
“Comte afirmava explicitamente que a palavra ‘positiva’ pela qual ele designava sua filosofia implicava em ensinar os homens a tomar uma atitude positiva diante de uma dada situação. A filosofia positiva levava a confirmação da ordem existente contra aqueles que afirmavam a necessidade da sua ‘negação’.” (p.298 – 299)
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