Sexualidade Da Mulher
Ao longo dos séculos podemos observar diversas mudanças em relação à educação sexual das mulheres. Por volta do século XVI as necessidades sexuais das mulheres eram aceitas e valorizadas, sendo o sexo visto como algo natural, sem repressões ou preconceitos, inclusive nas brincadeiras das crianças observava-se um estímulo, não havia antagonismo entre o corpo e o mundo social. 2
O processo de formação da nossa sociedade recebeu forte influência da sociedade ocidental europeia que, pautada na ética e na moral do Cristianismo, concebeu o corpo e o sexo como lugar de interditos.3
Com a transformação do matriarcado para o patriarcado e da supremacia da igreja, muitas mudanças ocorreram no que diz respeito à mulher. Houve então, a interdição da sexualidade feminina, cabendo-lhe restrições ao desfrute do prazer sexual e relacionando a mulher a necessidade de procriação.2
A revolução industrial incorporou a mulher no mercado de trabalho e desta maneira ela ganha alguma independência, fazendo surgir novas mudanças nos papéis sexuais estabelecidos para homens e mulheres. Segundo Fernandes e Catão (2008) neste período a mulher vai em busca de outras formas de alcançar suas satisfações e desejos.2
O conceito de existência sobre a prática sexual da mulher, propicia informações e a possibilidade de refletir sobre sua sexualidade, conhecimento sobre o próprio corpo e estabelecer o sexo como algo natural e necessário para o desenvolvimento de uma sexualidade saudável. 2
Por volta dos anos 50 a sexualidade aparece como ligada a reprodução e vinculada ao casamento. O papel desta seria o de, então mulher casada, satisfazer as vontades do marido. Com o impulso do movimento feminista, com o advento da pílula anticoncepcional, deu início a uma maior liberdade sexual, liberando as mulheres para a escolha consciente da maternidade. Em meados da década de 70 o discurso sobre a sexualidade feminina adquire novo sentido – A mulher deveria deixar sua condição de