Maquiavel

Em sua dedicatória, Nicolau Maquiavel, ressalva, que na sua época, aqueles que desejavam conquistar e conseguir a atenção de um príncipe lhes ofereciam objetos de valor, como armas, tecidos nobres, pedras preciosas, que eram dignos da grandeza da realeza.
Em contrapartida, Maquiavel vem oferecer, o que para ele teria tanto ou mais valor que quaisquer desses objetos, o seu vasto conhecimento referente as ações dos grandes homens, suas conquistas e derrotas.
Assim ele resumiu tais conhecimentos a uma carta enviada a Francesco Vettori, em Roma, como seu pequeno presente.
O Príncipe – de Nicolau Maquiavel
Nos primeiros capítulos, Maquiavel se preocupa em detalhar os tipos de principados, seus erros e acertos.
Todos os governos foram e são republicas ou principados. Os principados poderiam ser hereditários ou novos (adquiridos).
O príncipe natural, normalmente é mais amado e bem-visto por todos; o príncipe hereditário já possui uma linhagem, já vinha de sangue nobre. Os príncipes novos, por sua vez, passam por maiores dificuldades, dentre elas, está o fato de que os homens mudam de opiniões, de senhores, pensando numa melhora do governo atual.
O autor usa como exemplo, a experiência de Lis XII, rei da França, em suas tentativas de ocupar Milão.
No segundo capitulo, ele nos mostra, de acordo com seus entendimentos, que é mais fácil ocupar um estado da mesma província e mesma língua; e que se deve fazer com que a linhagem do antigo príncipe seja extinta e não alterar as leis e os impostos, já existentes ali. Caso um novo príncipe, na ocupação de um estado, ao conquistá-lo, tente mudar seus costumes, corre-se o risco do povo revoltar-se contra ele, o que pode gerar com isso conspirações. Mas, em contrapartida, respeitando a cultura local, será mais fácil de se manter no poder.
“Na verdade, o príncipe natural tem menores razões e menos necessidade de ofender: donde se conclui que deve ser mais amado e, se não se faz odiar por desbragados vícios, é lógico e natural seja