Maquiavel
Quando ouvimos alguém falar que certa pessoa é maquiavélica, acabamos deduzindo que o indivíduo referido é inescrupoloso e não mede consequências para conseguir realizar seus objetivos. Este fato tem origem no adjetivo em questão, que saiu do nome de Nicolau Maquiavel um dos mais importantes estudiosos políticos que já existiu.
Para entender melhor sua obra e suas ideias, é necessário saber que sua importância no estudo da política está na forma como realizou a separação entre ética e política e abandonou as concepções tradicionais herdadas dos gregos. Na verdade, o que Maquiavel fez foi estudar a política baseado em fatos, e não em ideias preconcebidas sobre o que seria uma forma de política ideal.
Desta forma, nota-se em sua obra algumas ideias mais práticas, partindo “das condições nas quais se vive e não das condições segundo as quais se deve viver”. Isso causou uma tremenda reviravolta entre os intelectuais da época, sempre acostumados aos velhos ideais da Grécia antiga. Com sua renovação em estudos sobre políticas e formas de agir, Maquiavel destruiu pretensões morais e religiosas e, ao contrário do que se pensa, ele não tinha a intenção de criar um modo de tirania perfeita.
Famoso por seu principal livro, “O Príncipe”, Maquiavel nasceu em uma família que estava em plena decadência em Florença no dia 3 de maio de 1469. Recebeu educação formal e iniciou suas atividades políticas após a derrocada de Girolamo Savonarolla no Governo de Florença. Foi nomeado para diversas missões diplomáticas e exerceu muitos cargos dentro do governo, o que lhe deu as bases de seu pensamento filosófico e foi o combustível para suas obras. As ideias de Maquiavel vieram da prática e da observação, pois isso são consideradas de certa forma mais realistas e adaptáveis às condições do homem. Um das ideias de Maquiavel era de que os mais hábeis deveriam usar as ideias religiosas para governar o povo, arrancando dos homens a sua maldade intríseca e torná-los bons.