Maquiavel
No trabalho que segue serão retratadas as principais idéias das obras Discurso Sobre a Servidão Voluntária, de La Boétie e O Príncipe, de Maquiavel. Com o objetivo de responder a questão: “Os costumes são fundamentais em Maquiavel para a conservação do governo e em La Boétie para a sua supressão.”
Analisando tais obras foram discutidos os pensamentos e o contexto histórico em que ambos os autores viviam, podendo desta forma entender os motivos que os levaram a pensar de tais formas.
Em 1548, com apenas 16 anos de idade, o francês Étienne de La Boétie escreveu o famoso Discurso Sobre a Servidão Voluntária, um texto instigante e corajoso que sustenta a tese de que os escravos são servos por opção. Amigo de Montaigne (quem herdou as obras e as propagou), o autor La Boétie foi um dos primeiros intelectuais a perceber, e dissertar sobre os governados e governantes. Os governados eram sempre maioria em relação aos governantes, e que, por conta disso, algum grau de consentimento deveria existir para manter a situação de servidão. O seu texto pode ser entendido também como um ataque à monarquia devido ao contexto de sua época (século XVI). O texto é considerado atual é inspira pensadores até hoje. Servem para reflexão até mesmo nos atuais modelos de estado de direito republicanos e democráticos, porque muitos daqueles que chegam ao poder, não raras vezes, acabam criando redes de proteção e de apadrinhamento escalonadas ao seu redor. O desejo desses modernos tiranos da democracia, à custa da ignorância, da ganância e da consequente servidão do povo, é perpetuar-se no poder e, se possível, transmiti-lo aos herdeiros, como percebia com clareza peculiar e atemporal – mesmo noutra realidade histórica – o próprio Étienne de La Boétie.
Já o autor Nicolau Maquiavel questionava uma filosofia política que obtinha como vista a dominação dos homens, uma que vez que o mesmo viveu durante a Renascença Italiana, que reinava um grande conflito, em que a tirania impera