Tecnologias e novas educações O momento histórico contemporâneo é especial, porque vivemos uma era de profundas transformações em todas as áreas do conhecimento, da cultura e da vida social, os princípios do modelo, que chamamos de organização vertical de comando, estão impregnados na sociedade. Os processos decorrentes da chamada globalização estimularam o desenvolvimento de uma forma alternativa de organização, caracterizada pela distribuição com uma pseudo-horizontalização de parte significativa do processo decisório. Agora não localizamos facilmente uma pessoa no topo do organograma. Passamos a referirmo-nos às empresas multinacionais, ao sistema financeiro que passou a ser internacional, ao comércio, aos serviços, sempre numa perspectiva planetária, e a própria produção de conhecimento parece estar seguindo esse modelo que poderíamos denominar de organização horizontal em rede. No entanto, as redes de computador oferecem suporte propício para que essa organização horizontal funcione de forma ampla envolvendo recursos distribuídos em regiões muito extensas, como a totalidade do planeta, e um grande número de pessoas. Quando a Internet alastrou-se no mundo como um ambiente de comunicação confiável e acessível até mesmo para indivíduos, a partir das suas residências, estabeleceu-se um ambiente global muito mais favorável às organizações em rede do que para as organizações verticais de comando. Os dados sobre a penetração da Internet no Brasil e no mundo, percebe-se um crescimento acelerado no número de internautas, percebe-se também um aumento de conexão daqueles que estão nas classes menos favorecidas (C, D e E), segundo pesquisa, 9,5 milhões conectavam- se de suas casas, 8,3 milhões acessavam a web a partir do trabalho, outros 9,5 milhões acessavam a rede na casa de parentes, e 3,5 milhões ficavam on-line nas escolas ou universidades. Mas ainda percebemos a manutenção de uma classe mais favorecida pelo sistema econômico. Para a educação, libertar-se dos