Manifesto Dos Pioneiros Da Educação Nova
A década de 1920 e 1930 foram caracterizados pelo “entusiasmo pela educação” e “otimismo pedagógico”, ideias promovidas pelos intelectuais e educadores que defenderam debates e planos de reforma no campo educacional, para recuperar o atraso em que se encontrava a educação brasileira em relação a educação na Europa e Estados Unidos. Em todo o território Nacional eram implantadas reformas educacionais encabeçadas por intelectuais e educadores como Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Mario Casassanta, Carneiro Leão, entre outros, todos acusados de serem ateus e comunistas. Diante dos conflitos existentes, em 1932 foi publicado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, assinado por 26 educadores e intelectuais, entre eles, Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira.
O Manifesto dos Pioneiros pretendia fazer uma reconstrução educacional e propunha que o Estado organizasse um plano geral de educação no qual defendesse a bandeira de uma escola única, pública, laica e gratuita. Passou a se pensar no papel da educação em que as capacidades pessoais fossem privilegiadas, ou seja, oferecia-se aos cidadãos a possibilidade de desenvolver as suas habilidades. Um dos pontos mencionados no manifesto foi o olhar para o aluno como sujeito de seu próprio conhecimento e não como um ser apenas recebedor de informação, o professor deixa de ser o detentor do conhecimento.
Outro importante ponto redigido no Manifesto foi o de tentar pôr um fim na discriminação e caráter antidemocrático do ensino brasileiro, onde existia uma separação entre classes; escola profissional para pobres e o ensino académico para a elite. O Manifesto dos Pioneiros propunha a escola secundária unitária, com base comum e cultura geral para todos em três anos e após os 15 e 18 anos o jovem seria encaminhado a formação acadêmica.
A educação deveria ser obrigatória, pública, gratuita e leiga como dever do Estado, a ser implantada em todo