manifestação
A redemocratização, na maior parte dos países da América Latina foi lenta e com grandes impactos sociais. O regime ditatorial que foi presente em muitos países latinos, dentre esses o Brasil, limitaram ou cercearam o direito de expressão popular e inibiram vozes críticas ao regime, com exílios e diversos outros formatos de punição e estímulo ao medo de manifestar. Com os anos, a população criou um mecanismo de estímulo popular para conduzir a população às ruas, com o objetivo de conquistar uma nova perspectiva de sociedade, mais participativa e com maior autonomia dos cidadãos na escolha de seus representantes. No Brasil, um dos grandes atores articuladores do processo de reivindicação foram os sindicatos de classes, a igreja e demais grupos sociais informais, cujo objetivo era de promover novamente o direito de expressão nos mais variados campos e formas, inclusive no viés eleitoral.
As manifestações ocorridas no Brasil, condicionaram um novo rumo para a compreensão da dinâmica eleitoral brasileira e o modo de como fazer estratégias de comunicação política e eleitoral. O descontentamento apontado nas principais capitas dos estados brasileiros demonstrou um descrédito não somente em um governo local, mas na instituição política como um todo, e isso é um triste retrato da má formação política nacional, presente em grande parte dos cidadãos, que na ausência de maturidade democrática, não compreendiam sua importância nas reivindicações políticas. Esse fenômeno de mobilização teve como base o forte e intenso fluxo de informações pelas redes sociais, na qual permitiu o agendamento de inúmeros atos de descontentamento popular pelas ruas do Brasil.
DESENVOLVIMENTO
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Nos últimos meses, diversas cidades brasileiras foram tomadas por manifestações populares. A pauta original das mesmas era a revogação do aumento da passagem do transporte público, exigência conquistada posteriormente, aliás, em inúmeros municípios. Porém, uma