Manguebit

Falar sobre o Manguebeat não é uma tarefa fácil devido a grande diversidade de temas que compõem esse movimento tão rico culturalmente. No entanto, é sempre muito importante estudar, analisar e compreender os movimentos culturais e de contracultura que fazem parte da nossa história social. Com isso, desenvolvemos um trabalho baseado no artigo “Música, Sociabilidades e Identidades Juvenis: o Manguebit no Recife (PE)” da doutora Lídice Maria Silva Araújo com o intuito de responder e esclarecer diversas perguntas pertinentes a esse tema como: O que foi o movimento Manguebeat? O que seus integrantes queriam com este movimento? Por que ele pode ser entendido como uma tribo? Quem foi Chico Science? Todas essas perguntas serão respondidas no decorre do trabalho.
Começaremos analisando o conceito de tribo e por que podemos considerar a organização social deste movimento como uma tribo. Segundo o dicionário tribo é um grupo social que vive em comunidade e compartilha os mesmos costumes. Porém, esta definição não explica com exatidão as chamadas tribos urbanas, expressão criada pelo sociólogo Maffesoli que significa a união de indivíduos em grupos que apresentam um comportamento muito expressivo e auto afirmativo e que buscam um sentimento de pertencimento. Para Maffesoli foram as experiências dos jovens nas sociedades atuais e a reação ao individualismo exacerbado da sociedade urbana contemporânea que levaram à formação dessas tribos urbanas em que os jovens possuem gostos e costumes parecidos e estão em busca de diversão, de prazer e de um ideal que os identifique como diferentes e únicos. Assim podemos entender a diferença apontada por Maffesoli entre as tribos contemporâneas e as antigas tribos. Enquanto nestas o pertencimento não era algo optativo, nas tribos atuais, a participação das pessoas é uma questão de escolha pessoal, de empatia com as ideias daquele grupo. Dessa forma, podemos considerar o Manguebeat uma tribo urbana, que nasceu no Recife e reúne jovens com