mal estar na sociedade

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No início de "O mal-estar na civilização", ao se debruçar sobre o sentimento do mundo desorganizado, Freud afirma que não tem nada de decisivo a sugerir acerca de tal experiência, mas que, diante de semelhante fato tão estranho ao contexto de sua psicologia, "se torna justificável a tentativa de descobrir uma explicação psicanalítica - isto é, genética - para esse sentimento. Na seqüência, afirmará que o ego "deve ter passado por um processo de desenvolvimento, que, se não pode ser demonstrado, pode ser construído com um razoável grau de probabilidade" O que queremos deixar patente aqui é o caráter eminentemente interpretativo da avaliação freudiana sobre o desenvolvimento individual, sobre a historicidade do sujeito. Uma historicidade interpretada, construída, não factual, não demonstrativa, é o que Freud desenrola.
Freud se concentra na dominação do ser humano e o centrar-se nas suas dificuldades de estabelecer relações no mundo civilizado, civilização para ele, significa manter domado o espírito do comandado para que continue comandado e prevaleça a lógica do mundo burguês que manda. Já no prefácio de A genealogia da moral, Nietzsche (1887/2007) aponta que a leitura de seu livro exige do leitor uma "ruminante arte de interpretação" (da qual, segundo o autor, o homem moderno carece), Com isso, Nietzsche nos faz ocupar a posição que ele mesmo ocupa diante das origens dos preceitos morais, isto é, nos faz interpretar uma realidade já transcorrida estando munidos apenas de nossa evidente limitação num "aqui e agora.
No mundo de Nietsche a desgraça do homem é a civilização que condenou o ser humano a um processo de privação da liberdade, condição essa que mata a espontaneidade e a criatividade do homem elevando-o a condição de escravo.
A quadrinha ”Cidade do Futuro” mostra de forma veemente a fantasia criada sobre um mundo sem regras e de fácil vivência; uma gama de facilidades da vida moderna que condena o homem a um mundo desregrado e passível de todos os

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