Mal-estar da civilização

1256 palavras 6 páginas
Em seu texto de 1920, “O mal-estar na civilização”, Freud chegou a conclusão que o indivíduo não pode ser feliz na civilização moderna. Mesmo com todo progresso técnico e cientifico o homem não se tornou mais feliz. Ao refletir sobre o propósito da vida, ele chegou à conclusão de que o objetivo da civilização não é a felicidade, mas é a renúncia a ela. A vida do indivíduo é a busca constante pela realização da satisfação do prazer, mas esta satisfação é impossível de realizar num mundo carente e escasso de recursos. O mundo é hostil as necessidades humanas, para tudo que é bom e prazeroso exigem-se trabalhos penosos e sofrimentos. A manutenção da civilização exige que o individuo trabalhe. Mas os homens não são amantes do trabalho e os argumentos não tem valia nenhuma contra suas paixões. Assim, é somente através da repressão social que os indivíduos são obrigados a trabalharem.
Na teoria da cultura freudiana, a sexualidade é a pedra fundamental na manutenção e reprodução da civilização. A civilização só pode existir porque os impulsos sexuais são canalizados para o trabalho, gerando todos os bens materiais e intelectuais da civilização. “A civilização está obedecendo às leis da necessidade econômica, visto que uma grande quantidade de energia psíquica que ela utiliza para seus próprios fins tem de ser retirada da sexualidade” (FREUD, 1969, p. 125). Em conseqüência disso, Freud atribuiu as doenças psíquicas de sua época a grande repressão que a civilização exerce sobre os impulsos sexuais. Essa insatisfação foi exigida num grau muito superior que o necessário. O processo civilizatório é marcado pela renúncia e pelo sentimento de insatisfação que os homens experimentam vivendo em sociedade. O resultado disso é o mal-estar na civilização. Este mal-estar é produzido pelo conflito irreconciliável entre as exigências pulsionais e as restrições da civilização.
Hoje em pleno século XXI podemos dizer que nossa época melhorou muito. A vida tornou-se um pouco mais digna;

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