Fichamento do capítulo 3 do livro Mal-Estar na Civilização, de Sigmund Freud
Curso de Relações Internacionais
Artigo final para conclusão do curso de Laboratório de Análise de Pesquisas em Relações Internacionais – Estados Unidos
Fichamento do capítulo 3 do livro Mal-Estar na Civilização, de Sigmund Freud
Paulo Henrique Barros Faria Dragoni Ferreira
Campinas, junho de 2013.
Mal-estar na civilização, capítulo 3.
Já no início do capítulo Sigmund Freud cita e explica quais as fontes de nosso sofrimento. São elas: poder superior da natureza; fragilidade de nossos próprios corpos; e a inadequação das regras que procuram ajustar os relacionamentos mútuos dos seres humanos na família, na sociedade e no Estado1.
Frente às duas primeiras fontes de nosso sofrimento, pouco nós podemos fazer, pois fogem do nosso domínio. Não temos controle sobre nosso organismo e nem sobre a natureza. Mas a terceira fonte do nosso sofrimento pode ser controlada por nós, pois diz respeito às relações sociais.
A civilização, que ele vem a citar em seguida, e é tema principal do livro, consiste nas regras impostas pela sociedade para que o ser humano esteja protegido da natureza (inclusive seus instintos) e para regrar as relações entre os seres humanos. Essa imposição de costumes e regras gera o mal estar no ser humano.
Como não “aceitamos” estarmos errados com algo que temos total controle, no caso as regras para se viver em sociedade, ou seja, a civilidade, Freud sugere que para sermos felizes, ou ao menos evitar nosso sofrimento, devemos abandonar a civilização e suas regras. Essa civilização também pode ser a solução para essa mesma fonte de sofrimento, pois é dela que vem nossa percepção para nos protegermos de todas as fontes de sofrimento2.
Os seres humanos então vivem num mal-estar com essa civilização, pois ela reprime os impulsos da natureza humana em prol do bem estar da civilização, acabando com o bem-estar do ser humano e criando seres infelizes e de sofrimento. Portanto, para o ser humano