MAL-ESTAR DOCENTE EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTRIBUIÇÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA
INTRODUÇÃO A segunda metade do século XIX e início do século XX é um período marcante na história da educação e da profissão docente. Imbernón (2006), afirma que a instituição educativa e a profissão docente se desenvolveram em um contexto marcado por uma evolução acelerada da sociedade em suas estruturas; materiais, institucionais, formas de organização de convivência, modelos de família e de distribuição que tiveram reflexos inevitáveis na forma de pensar e agir das novas gerações e que impactaram diretamente sobre as estruturas educacionais e no papel do professor diante dessa nova sociedade.
O contexto em que trabalha o docente tornou-se complexo e diversificado. A escola como construto social para continuar cumprindo seu papel, teve que se adaptar e por consequência fez-se necessário um profissional da educação diferente, com novos saberes e competências capacitado para formar cidadãos aptos a viver em mundo dominado pela incerteza e por uma complexidade crescente. No entanto diante de tantos avanços o professor já não sabe qual o seu real papel no ambiente escolar e acaba por deparar-se com uma crise de identidade. Crise essa que perdura até os dias atuais, favorecida pela má formação dos cursos de formação inicial acarretando um grande descontentamento profissional aos docentes. Assim relacionado à origem da profissão docente e provocado pelas mudanças aceleradas na sociedade surge o que Esteve (1995), denomina de mal-estar docente, entendido como um desajuste na vida e na prática profissional dos professores.
Entendendo que a formação continuada é o caminho a ser percorrido rumo ao enfrentamento dos problemas em que se deparam os docentes, problemas estes causadores do mal estar docente, originou-se a seguinte