Magdeburgo
Com esta experiência Von Guerick demonstrou:
- a imensa força que a atmosfera podia exercer sobre os corpos;
- a existência de pressão atmosférica sobre os corpos;
- a existência do vazio.
A interpretação corrente do resultado experimental é a de que os hemisférios não se separam enquanto a pressão atmosférica for superior à pressão do ar no interior dos hemisférios. Uma vez conseguida a igualdade de pressões, através da entrada de ar, é fácil a separação dos hemisférios.
Com a sua experiência, Von Guerick pôs fim, de forma espectacular às ideias que vinham sendo defendidas desde Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e segundo as quais a Natureza teria “horror ao vácuo”, preenchendo imediatamente, a todo custo, qualquer espaço que fosse deixado sem matéria. Os Hemisférios de Magdeburgo são um aparelho constituído por duas semiesferas metálicas e ocas (os hemisférios) que aderem uma à outra pelos bordos. Uma das semiesferas assenta numa base do mesmo material e possui lateralmente uma tubuladura onde pode ser ligada uma máquina de vácuo. A outra semiesfera é colocada sobre a primeira, possuindo no seu topo uma pega em arco. Para realizar a experiência basta colocar os dois hemisférios justapostos, de modo a que formem uma esfera, e ligá-la a uma máquina de vácuo, por intermédio da tubuladura lateral do aparelho. Depois de ter sido retirado o ar do interior da esfera, fecha-se a torneira que