Macrocriminalidade

2594 palavras 11 páginas
Introdução:
Pensando em entender como foram construídos os discursos sobre as drogas ilícitas no Brasil, a partir do contexto histórico da política proibicionista, discursos das instituições responsáveis por regular o comércio fármacos, dos intérpretes e agentes da lei, até aqueles que fazem parte do senso comum, começo aqui o trabalho final da disciplina Macrociminalidade: moral, direito e mercado no Brasil.
Entender isso seria entender justamente porque há tanta controvérsia diante desse assunto. Por que há tanto preconceito? Por que há tanto moralismo, achismo? Por que quando o assunto em questão são as drogas há tanta dificuldade das opiniões convergirem? Por que os iguais são tratados de formas diferentes pelas instituições? Por que há essa sensação de medo, tanto do consumidor, quanto daquele que por medo opta por não consumir? Espero que com o trabalho essas questões sejam entendidas de forma a proporcionar conhecimento a aqueles que assim desejam.
Por dentro do Proibicionismo:
Primeiro, para um bom entendimento dessa parte do trabalho, Thiago Rodrigues em seu trabalho “Tráfico, Guerra, Proibição” da conta de explicar o que é o Proibicionismo. Antes de ser uma doutrina legal para tratar a “questão das drogas” o proibicionismo é uma prática moral e política que defende que o Estado deve, por meio de leis próprias, proibir determinadas substâncias e reprimir seu consumo e comercialização (Escohotado, 1996).
“O proibicionismo estabelece um novo crime e um novo mercado. As normas proibicionistas, antes de banir as drogas visadas, acabam por inventar o narcotráfico. ...deve-se destacar como sobrevém ao aparente fracasso do Proibicionismo uma estratégia plena de potencialidades em termos de controle social e criminalização de parcelas da população que já deveriam ser (e eram) controladas pelo “bem comum” e em nome “da paz civil”. Em outras palavras, o Proibiocionismo, desde seus momentos inciais entre as décadas de 1910 e 1930, foi um “fracasso” se levarmos

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