Macrobiotica
É COZINHA TRADICIONAL
A culinária macrobiótica tem vindo a ganhar adeptos. Depois do boom do pós-25 de Abril, com uma série de restaurantes a abrir e numerosas publicações lançadas em torno do tema, o fenómeno estabilizou, tendo a macrobiótica, de há seis anos para cá, voltado a chamar a atenção do público. Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico de Portugal, fala desta cozinha com base nos cereais e legumes e lembra que esta era também a base da alimentação desde há milhares de anos, sendo, portanto, uma cozinha tradicional mesmo em Portugal. Não consome lacticínios nem carne há cerca de 29 anos e aponta esta forma de alimentação como mais ecológica e mais salutar, divulgando, inclusive, estatísticas oficiais que revelam a recuperação total de pessoas com doenças em fase terminal através deste tipo de dieta. O Instituto Macrobiótico fica situado em Lisboa e ministra cursos em várias áreas da macrobiótica, da medicina à culinária, passando pelo shiatsu ou o feng shui, por exemplo.
A macrobiótica é uma moda actualmente? Para Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico de Portugal, são antes 'as aulas de cozinha que estão na moda e o aprender a cozinhar'. O Instituto Macrobiótico de Portugal tem essencialmente cursos: de culinária macrobiótica, medicina macrobiótica, shiatsu, feng shui, uma série de actividades que acabam por se ligar a um estilo de vida. 'O intuito principal da Casa é divulgar os princípios da macrobiótica, mas depois temos outras disciplinas. Um aluno que se inscreve no curso shiatsu profissionalizante tem disponível a comida macrobiótica.É o tipo de refeição que servimos aos alunos.' Em relação ao aumento da adesão à culinária macrobiótica Francisco Varatojo não consegue precisar números, no entanto, todas as actvidades do Instituto estão preenchidas e há cursos que esgotam num dia para o ano todo. 'O que sei dizer é que nos três anos logo a seguir ao 25 de Abril houve um boom muito grande do movimento