luto

Luto
Em sua existência o ser humano sempre valorizou o ato de “viver” com intensidade a própria vida, buscando em todos os momentos diversas formas de celebrá-la, entretanto cada um de nós temos presente o medo da morte, e as sensações que ela trás, numa delas citamos aqui o luto. Como somos seres limitados, e nas instâncias do ego e do superego, temos como característica redimensionar o luto e todas as suas potencialidades que ele acarreta a maioria das pessoas querendo que este sentimento esteja cada vez mais distante de nós.
Estar vivo significa estar no mundo em busca de realizações tanto concretas como aparentes, mas não obstante a isso, existe e não temos como fugir do confronto do homem com três grandes dificuldades: a sua fragilidade corporal, o mundo externo e a relação com os outros homens. Freud coloca que para amenizar tal situação a única solução viria do amor, pois o luto tira-nos este sentimento ou ao menos faz com ele diminua consideravelmente.
“Morte e luto, fracasso e perda fazem parte da estrutura da vida e, portanto acompanha o sujeito”, entretanto por mais estranho que possa parecer nos sabemos tudo sobre a morte, estando nos ainda vivos, isto é, meras especulações que fazemos a respeito da morte, ou do processo de morte.
A vida tem essa força indomável, que fertiliza toda vontade e a inteligência humana que canaliza e impulsiona cada vez mais a viver, mas ao longo do processo de maturação temos uma diminuição, e é na velhice que se acentua o processo de perda. Diminui as vontades, as capacidades, e instala-se na maioria das vezes a melancolia e vontade de querer viver .
O luto se caracteriza no homem como desanimo profundo, perda da capacidade de amar, não tendo mais a força para desempenhar qualquer atividade, uma perda de ter na vida objetivos concretos, fica cravado uma devoção exacerbada ao abjeto perdido. E isso está ligado a dor, um esvaziamento do eu.
O texto mostra, portanto que há uma separação entre o que é luto, o