Luto
A morte faz parte do ciclo de vida humano, sendo natural como em qualquer outro evento presente no desenvolvimento do indivíduo, desta forma impossível de ser evitada.
O ser humano se caracteriza pelos aspectos simbólicos, os significados, que este atribui a cada evento e coisas presentes em seu meio. E pensando desta forma, a morte também possui variados significados em cada cultura, religião e época. (CAPUTO, 2008).
A morte é vista como o mistério e a incerteza, pelo medo daquilo que não se conhece, e não vai conhecer uma vez que não há ninguém que possa contar a experiência. E com esta idéia a morte varia dentre as mais variadas culturas, nas quais estas buscam respostas para ela, procurando formas de compreender o desconhecido que ela apresenta e consequentemente diminuir a angustia que ela gera. (CAPUTO, 2008).
A forma como a sociedade vai lidar com essa morte e o morto vai influenciar na constituição e na própria manutenção da identidade coletiva, e consequentemente na sua formação da tradição cultural. (CAPUTO, 2008, Apud GIACOIA, 2005)
Por exemplo, a sociedade mesopotâmica sepultava seus mortos (os corpos mais precisamente) com vários de seus pertences marcando a identidade pessoal e a familiar do indivíduo, a fim de procurar garantir que nada lhe faltasse na sua travessia do mundo da vida para o mundo da morte. Para eles a morte representava passagem. Por sua vez os gregos tinham como ritual a cremação dos corpos a fim de marcar sua nova condição existencial, a de mostos. Porém para os gregos havia dois tipos de mortos, os comuns, que eram cremados e enterrados em valas coletivas, e os mortos que eram tidos como heróis, que eram cremados na pira, na cerimônia da bela morte, onde este tipo tornava morto imortal. (CAPUTO, 2008, Apud GIACOIA, 2005)
2. Morte e religião
Os hindus assim como os gregos, cremavam os corpos, porém o sentido, significado era totalmente diferente, eles incineravam o corpo o qual não possuía mais