Luta no campo
Esse trabalha aborda a luta no campo, na qual iremos destacar a lei da terra, história do movimento sem terra e o trabalhador rural. O século XX tem sido rico em exemplos de luta pela terra e dois processos têm atuado no sentido de soldar o movimento dos camponeses no Brasil. De um lado a tentativa de resgate da condição de camponês autônomo frente à expropriação, representada pelos posseiros e sua luta contra fazendeiros grileiros. De outro, o movimento originado na luta dos camponeses parceiros ou moradores contra a expropriação completa no seio do latifúndio, que transformava em trabalhadores assalariados. Estes dois processos gerais de luta no campo vão praticamente comandar o pipocar de conflitos durante todo o século XX. É a luta dos camponeses contra o pagamento da renda da terra.
Luta no campo
Lei da terra
O processo de "modernização" do campo no Brasil remonta ao século XIX. Em 1850 foi criada a Lei de Terras que "inovou" algumas relações no campo pátrio. A lei determinou que terras devolutas ("vazias") passassem a ser do Estado, que o instituto da posse passaria a ser proibido (exceto em casos de usucapião) e que o aspecto mercantil (comercial) passaria a direcionar, com exclusividade, as relações no campo. Tal lei excluía o imigrante recém chegado (sem capital para comprar a terra), bem como possíveis escravos libertos. A lei foi, assim, concentradora e elitista, mas introduziu aspectos mais capitalistas e menos sociais no campo brasileiro.
História do movimento sem terra (M.S.T)
O Brasil vivia uma conjuntura de duras lutas pela abertura política, pelo fim da ditadura e de mobilizações operárias nas cidades. Como parte desse contexto, entre 20 e 22 de janeiro de 1984, foi realizado o 1º Encontro Nacional dos Sem Terra, em Cascavel, no Paraná. Ou seja, o Movimento não tem um dia de fundação, mas essa reunião marca o ponto de partida da sua construção. o MST entende-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social