O Brasil agrário, a luta pela terra e a violência no campo.
O campo brasileiro continua caracterizado pelos conflitos, cuja tipologia pode definir como diversa, porém essencial e radicalmente fruto da atual inexistência de uma política pública efetiva de Reforma Agrária. Esse fato constitui hoje o contraponto da Questão Agrária brasileira.
É neste contexto que comparecem os movimentos sociais de luta pela terra e pela Reforma Agrária, ocupando através de acampamentos, as terras devolutas e improdutivas de particulares que não são seus legítimos proprietários e da União, denominadas de latifúndios.
Mas as diversas formas de ocupação desses territórios não se dão apenas na esfera dos acampamentos. Elas se materializam em fechamentos de rodovias, ocupações de instituições públicas e privadas como: (INCRA) Instituto de Colonização e Reforma Agrária, Bancos etc.
É a partir das várias formas de ocupações que emergem os conflitos entre as classes envolvidas: trabalhadores sem terra e latifundiários. Esta última amparada pelo braço repressor do Estado representado pela polícia especialmente nos processos de reintegração de posse das áreas ocupadas. É a partir desse quadro que se desencadeiam novos processos que desarticulam a concepção de Reforma Agrária. São desdobramentos como: dissidências no interior dos próprios movimentos, rachas, expulsões, interesses políticos e partidários, violência e a pobreza nos assentamentos e acampamentos.
Analisamos neste contexto, acampamentos vinculados a (CPT) Comissão Pastoral da Terra e do (MST) Movimento dos Trabalhadores Sem Terra no Estado da Paraíba. Mas esse não foi o único tema que nos envolveu na realização do Trabalho de Campo, visitas a áreas de quilombos e áreas ocupadas por comunidades indígenas também guiaram nosso roteiro já proposto no projeto.
A partir do processo de precarização dos assentamentos e acampamentos e do próprio trabalho dos agricultores surgem os conflitos entre as classes no campo seguidos pela