Lulismo
Resenha Sobre o Texto “O Sentido do Lulismo”
O autor André Singer apresenta as mais diversas fontes para fundamentar sua tese de como o perfil de quem elege o PT – e até mesmo o próprio partido – mudou depois de 2006. Até 2002 o eleitor do PT era na sua maioria de uma classe média que possuía ramificações na classe trabalhadora, nas reformas graduais, na expansão do mercado interno, no aumento do salário mínimo e do poder de compra das classes inferiores – "Classe C" – porém, após o escândalo do Mensalão, a classe média vai para o PSDB e o subproletariado – que vai aos poucos conquistando uma mudança e se transformado em proletariado – adere ao projeto do Lula e do PT, esvaziando o DEM em áreas fundamentais como o nordeste, essencial para a eleição da Dilma em 2010. Seu discurso se baseia em uma teoria de que atualmente a disputa política/ideológica não se dá mais entre "esquerda x direita" e sim entre "ricos x pobres".
Singer também mostra os limites desse modelo – Lulismo –, que poderiam estar na questão de que a economia e a sua expansão se baseavam na exportação de produtos simples e de baixo valor agregado, as commodities. Isso porque ele consegue mostrar que a distribuição de renda do Brasil ainda é muito lenta e precária, diminuindo rapidamente a pobreza,, mas na diminuição da desigualdade, devagar. Porém, usando o índice gini como medidor, mostra que no período a queda da desigualdade foi elevada, quase parecida com a da Europa e EUA no pós-guerra, mas como o nossa defasagem era maior,, levaríamos mais 20 até atingirmos um grau satisfatório de queda da desigualdade.
Além disso, André também analisa o caráter das mudanças empreendidas pelo Lulismo e a relação de forças entre ela. Os conflitos entre os defensores de um reformismo mais fraco – que é botado em prática pelo PT – e um reformismo forte, defendido por setores a esquerda que mostram como o projeto lulista tenta centralizar nele e no estado indutor a