Londres e paris no seculo xix
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Uma sociedade se constituindo sob o dominio da produçao industrial, alicerçada nos principios do laissez-faire. É curioso como os pensadores franceses localizam a ameaça no campo politico. Por volta da metade do seculo, após o movimento de 1848, são inumeras as declaraçoes que exprimem o temor causado pela existencia de um contingente populacional novo e temivel pelas suas proporçoes. Frases como “Não há sociedade parisiense, não há parisienses, Paris é tao somente um acanpamento de nômades ” e “ a burguesia, ou melhor o povo elevado a riqueza pela ordem e pelo trabalho esta fadado a ser vitima desses barbaros...indicam a dificuldade em delimitar um campo especifico para a pobreza fora da politica . Tocqueville, que na introduçao do seu livro A Democracia na América considera a frança o pais onde a grande revoluçao social fez progressos mais rapidos. Michelet explica essa progressao do medo como fruto da insegurança que caracteriza a Nova burguesia (industrial), contrastando-a com a segurança da antiga burguesia de origem militar. A maioria dos governantes tem especulado sobre esse medo da burguesia, assustando-a em relaçao ao povo, atraves da associaçao povo-terror-comunismo. Diferentemente da inglaterra, a elaboraçao de uma figura especifica do trabalhador, diferenciada do enerico povo e constratada com o vagabundo e o criminoso, se processa com dificuldade na frança do seculo XIX. Tambem a relaçao entre trabalho e salario, e entre salario e roubo, são bastante imprecisas. Thiers declara, em 1850, existirem vagabundos com salarios consideraveis e vagabundos que por meios ilicitos ganham muito. Para ele, “são estes homens que formam não o fundo, mas a parte perigosa das grandes aglomeraçoes populacionais que merecem o titulo de multidao”. Tambem a Haussmann assusta o movimento constante da multidao, considerada por ele “ uma turba de nômades que, na melhor das hipoteses, busca a grande cidade para encontrar um trabalho mais ou menos regular, com a