Lixo radioativo
31/08/2010
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http://www.saude.go.gov.br/index.php?idMateria=85873
Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. A fonte, com radioatividade de 50.9 Tbq (1375 Ci) continha cloreto de césio, composto químico de alta solubilidade.
O Césio-137, isótopo radioativo artificial do Césio, tem comportamento, no ambiente, semelhante ao do potássio e outros metais alcalinos, podendo ser concentrado em animais e plantas. Sua meia vida física é de 33 anos. Com a violação do equipamento, foram espalhados no meio ambiente vários fragmentos de 137Cs, na forma de um sólido de cor azul, sem brilho durante o dia , porém no escuro, emitia brilho forte e magnetizante. Isto provocou a contaminação de diversos locais, especificamente naqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia. Por conter chumbo e metal , materiais de algum valor financeiro, a fonte foi vendida para um depósito de ferro-velho,onde também se comercializava mateirais recicláveis. O dono deste estabelecimento a repassou a outros dois depósitos, além de distribuir os fragmentos do material radioativo a parentes e amigos. Estes, por suas vezes, também levaram os fragmentospara suascasas.
Dentre as pessoas que tiveram contato com o material radioativo – tipo por contato direto na pele (contaminação externa), ou por inalação, ingestão, ou absorção por penetração através de micro-lesões da pele (contaminação interna) e por irradiação - algumas apresentaram, desde os primeiros dias, náuseas, vômitos, diarréia, tonturas e lesões do tipo queimadura na pele. Várias delas buscaram assistência médica em hospitais locais. A esposa do dono do